Como e Quais Experimentos Devem Ser Feitos

A cultura da experimentação empresarial

Falar em experimentação em algumas empresas é muitas vezes um tabu ou até algo não permitido, porque experimentos remetem a aprendizado e aprendizado remete a algo que você ainda não sabe fazer. Este ciclo é visto como não benéfico pelos empresários que sempre gostam de admitir que sabem o que estão fazendo, quando na realidade não sabem.

Uma coisa é certa: Experimentos DEVEM ser feitos!

E devem ser feitos pelo simples motivo de que não conseguimos prever o futuro ou o comportamento das pessoas/ produtos no mercado, mas podemos ,de alguma forma, simulá-lo através da experimentação para obtermos o aprendizado necessário.

E o aprendizado através da experimentação vêm em partes e nunca é obtido em um só passo. Pense no seguinte exemplo: no início da faculdade/ ou um outro curso qualquer você se questiona diversas vezes porque tem que aprender sobre as questões básicas, e algumas vezes elas são dispensáveis, outras não, varia com o assunto/pessoa… Mas acontece que os fundamentos da atividade a ser exercida muitas vezes não tem muito sentido quando verificada em partes. Se você tiver o objetivo final em mente, vai perceber que terá que fazer algumas tarefas não tão interessantes que vão te permitir exercer a sua atividade plenamente. Um bom piloto de corridas de carros precisa ter um ótimo condicionamento físico para ter um bom desempenho na pista. Ele deve fazer corridas, treinos na academia, cuidar da alimentação, do sono,… que são atividades que pouco tem relação com a corrida de carro em si, que é o que ele mais gosta de fazer. Se quiser comer o abacaxi, não tem outro jeito, você vai ter que descascar. Aí entra o mito das 10.000 horas de prática, conceito idealizado pelo psicólogo K. Anders Ericsson em 1993.

Ericsson observou em um estudo na Academia de Música de Berlim que os melhores músicos haviam praticado em média 10.000 horas para atingirem o nível ‘expert’. Este conceito levou Malcolm Gladwell a escrever em 2008 em seu livro “Outliers – Fora de Série” que a prática chega a suplantar qualquer tipo de talento. Em contradição à mera prática por praticar,

“podemos adicionar ao conceito das 10.000 horas a cultura da experimentação.”

Ou seja, podemos introduzir pequenas melhorias e observações durante a prática de sua atividade ou trabalho.

Em reuniões rotineiras: Nosso cérebro está o tempo todo buscando automatizar atividades para que ele possa entrar no modo automático gastando assim, menos energia. Isso é interessante para atividades puramente mecânicas como dirigir, andar, etc, você não precisa ficar raciocinando o tempo todo sobre como operar o câmbio do carro ou medir cada passo que dá. Porém, para atividades como reuniões rotineiras de trabalho, o modo automático não pode estar ligado: Os questionamentos sobre melhorias de processo devem estar ativos o tempo todo: Qual o objetivo da reunião? Esta é a frequência adequada? Este é o formato adequado? O que eu estou trazendo está agregando ao grupo? O que aprendi hoje? Porque não aprendi? O que posso fazer para aprender? E aplicando estes questionamentos você começa a pensar em pequenas mudanças a serem aplicadas semanalmente, ou até diariamente, introduzindo assim, pequenos experimentos em uma atividade rotineira, e, sem dúvida aumentando ainda mais sua produtividade como profissional através da cultura da experimentação.

Se puder, por favor, compartilhe e agregue valor a este artigo em seus comentários nas redes sociais. Muito obrigado.

Fique por dentro das novidades 

Assine gratuitamente nossa Newsletter