No momento da reunião de dez minutos com o diretor geral, que ouve pacientemente por dois minutos o resumo, diz, “Vai ter!”, olha para os gerentes “Por favor, acertem a execução do acordo e façam acontecer”, e sai da sala.Confesso que houve momentos nas reuniões com os gerentes em que eu sentia que estávamos rediscutindo e repassando detalhes e mais detalhes repetidas vezes e pensava que aquilo não daria mais em nada. Simplesmente por causa do excesso de alinhamentos e questões meramente políticas entre os departamentos.

O “Vai ter!” do diretor geral foi libertador pois orientava o corpo gerencial a parar de procurar motivos para fazer e/ou não fazer o projeto com nossa empresa. Aquelas duas palavras mudaram totalmente a forma de pensar de todos da sala. Agora, todas perguntas eram direcionadas para a execução do projeto, e não mais sobre possibilidades e criação de possíveis cenários que poderiam vir a acontecer. O planejamento é importante, pensar nos detalhes e possibilidades, mas chega uma hora que se deve partir para a ação. “Vai ter!” é a melhor frase para este momento, chega de planejar e vamos para algum lugar, vamos fazer acontecer. Perguntas são sempre o grande direcionador para qualquer projeto, mas o “Vai ter!” muda completamente as perguntas do campo da possibilidade para o campo da realidade.

Todas as vezes que utilizei o “Vai ter!”, o projeto simplesmente fluiu, progrediu e aconteceu. Este tipo de situação normalmente acontece quando estamos liderando uma série de projetos ao mesmo tempo. Lembre-se de que cinco projetos pela metade, ou mesmo quase finalizados, significam NADA entregue. A equação fica desta forma 5/2=0.

O campo das ideias é vasto e extremamente fértil para algumas pessoas. Estas pessoas têm grandes ideias de negócios ou de soluções para projetos diariamente, porém, só as ideias valem muito pouco, ou quase nada, se não colocadas à prova de sua funcionalidade, utilidade e entrega de valor ao beneficiário desta ideia.
Às vezes, para dar mais credibilidade ao “Vai ter!”, associa-se o “Nem que eu tenha que…”, e aí você adiciona uma situação extrema ao projeto associado:
“Nem que eu tenha que comprar o estoque”; “Nem que eu tenha que botar no meu carro e trazer o que couber aqui…”. Somando-se a isso você coloca um deadline já associado a custos, ou seja, se não lançar essa ideia (Que neste ponto já é um produto ou serviço) naquela data teremos prejuízo financeiros, ou morais,… Então: “Vai ter!!”

O “Vai Ter!” é uma das ferramentas de execução de projetos que os Cientistas Industriais usam para ter sucesso.

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